Trabalhador ajustando a base de concreto, um cuidado essencial durante a concretagem em dias frios

Concretagem em dias frios: Cuidados essenciais e dicas práticas

Quando as temperaturas caem drasticamente, a rotina inteira da obra tende a mudar – e quando o assunto é concretagem, o frio pode influenciar diretamente no desempenho final do concreto.

Isso porque, o clima frio pode influenciar o processo de hidratação do concreto e desacelerar o ganho de resistência do produto, abrindo espaço para o surgimento de fissuras e falhas na estrutura. 

Ao longo deste artigo, descubra tudo o que você precisa saber sobre concretagem em dias frios, quais são os principais desafios, os impactos e quais práticas podem ser realizadas para lidar melhor com esse cenário. Boa leitura!

Saiba mais sobre os seguintes tópicos:

O que é concretagem em dias frios?

A concretagem em dias frios consiste no processo de aplicação e cura do concreto enquanto o clima está abaixo de 5ºC, que é o ideal para a realização desse processo. 

Sendo assim, quando o clima não está na temperatura indicada, isso provoca reações químicas prejudiciais para a etapa de hidratação do cimento, cuja qual é um pilar para o endurecimento e ganho de resistência do concreto.

Além disso, os desafios de realizar a concretagem em climas frios pode envolver uma série de outros desafios para a produção, dentre os principais temos:

  • Congelamento da água durante a mistura
  • Hidratação lenta ou incompleta
  • Problemas de aderência no concreto
  • Resistência do concreto comprometida
  • Dificuldades no acabamento produto
  • Riscos no transporte e manuseio

Logo, a realização da concretagem em climas mais frios demanda algumas práticas necessárias para que a produção do concreto conquiste o padrão adequado e os objetivos do projeto sejam atingidos. 

Tendo em vista todos esses desafios, entende-se que cada fase da concretagem – desde o transporte até a cura – precisa ser adaptada para o melhor desempenho da produção.

Impactos do frio na cura e resistência do concreto

A cura do concreto é um etapa que exige bastante atenção e cuidado dentro da produção, pois é o momento em que o material adquire a resistência necessária para suportar os pesos e as tensões previstos no projeto inicial.

Logo abaixo, você encontra mais informações sobre como o clima frio pode impactar a hidratação, a resistência e o tempo de cura do concreto:

Efeito do frio na hidratação do concreto

A hidratação do concreto consiste em uma reação química ocasionada pela relação entre o cimento e a água, sendo também o processo que atribui a resistência ao concreto – e tudo isso está ligado à temperatura.

Sendo assim, quando o clima está frio, esse processo passa a sofrer com algumas alterações, tais como:

  1. Mais lentidão no processo de hidratação do concreto, reduzindo a liberação de calor e, por conseguinte, desacelerando o endurecimento do concreto;
  2. No caso de temperaturas extremamente baixas, a hidratação pode parar por inteiro, diminuindo significativamente a resistência do concreto;
  3. Além disso, se a água da mistura congelar, toda a etapa é interrompida – o que pode provocar sérios danos para o material, como rachaduras internas;

Resistência estrutural comprometida

O processo de cura do concreto e o seu desempenho estrutural são questões que se entrelaçam completamente. Logo, esse fator também pode sofrer com a ausência de cuidados em climas frios – entre os principais problemas, temos:

  1. Início tardio do ganho de resistência – uma vez que o clima frio atrasa o processo de endurecimento do concreto;
  2. Danos internos – já que o frio faz com que a água congela e cria tensões internas no concreto recém-aplicado;
  3. Cura incompleta – caso a hidratação não seja retomada adequadamente, possa ser que o concreto nunca atinja a resistência especificada no projeto;

Tempo de cura prolongado

Uma das principais consequências da concretagem quando realizada em baixas temperaturas do frio é o aumento do tempo necessário para que o concreto atinja a resistência desejada. 

Em condições comuns, por exemplo, o concreto atinge cerca de 70% da resistência buscada em até sete dias. Já em temperaturas mais extremas, esse período pode ser significativamente maior.

Técnicas e cuidados para concretagem em dias frios

Com tantos fatores em risco, é preciso traçar estratégias para que a produção do concreto ocorra tranquilamente mesmo em temperaturas extremas. 

A seguir, você encontra as principais técnicas e cuidados para realizar concretagem em dias frios:

Uso de aditivos aceleradores

Os aditivos aceleradores podem ser bons aliados na adaptação da concretagem em temperaturas mais frias, uma vez que ajuda a amenizar o impacto desse clima no processo de cura do concreto.

Tratam-se de componentes químicos que podem ser adicionados à mistura com o objetivo de acelerar a hidratação do cimento, reduzindo o tempo necessário para que o concreto endureça e ganhe a resistência necessária.

Existem vários tipos de aditivos aceleradores e, dentre os principais deles, temos: o cloreto de cálcio e os aditivos sem cloreto em sua composição.

Uso de água quente na mistura

A água é o componente da mistura do concreto que é mais afetado pelas temperaturas mais baixas – por outro lado, o seu aquecimento pode indicar uma solução simples para o problema.

Isso porque, o uso de água quente, inicialmente, aumenta a temperatura do concreto, o que reduz o risco de aceleramento. Além disso, ela ajuda a acelerar a hidratação do cimento, minimizando o efeito do clima frio.

Nesse caso, a temperatura da água deve estar entre 35°C e 60°C, a depender do clima no local da obra. Por fim, vale manter a atenção acerca da temperatura final da mistura do concreto, uma vez que ela não deve ultrapassar 32°C.

Saiba Mais:
Como a adição de água afeta a qualidade do concreto

Aquecedores para manter a temperatura ideal

Agora, em casos de temperaturas extremas, é preciso a tomada de ações mais drásticas, como o uso de aquecedores, para garantir que o concreto se mantenha nas condições ideais para o processo de cura.

Geralmente, essa demanda é acionada quando a temperatura do local está abaixo de 0ºC e/ou quando o calor gerado na hidratação não é o suficiente para manter o concreto em uma temperatura adequada.

Por fim, seguir à risca todas as práticas indicadas para a situação é o primeiro passo para garantir a segurança e a qualidade na produção do concreto em climas mais frios.

Afinal, com o planejamento e as adaptações corretas, é possível enfrentar as baixas temperaturas sem abrir mão do desempenho e da durabilidade da estrutura construída.

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