Empresas do segmento da construção civil com capital aberto na Bolsa de Valores anunciaram a captação de 4,4 bilhões através de ofertas de ações.
O dinheiro em caixa, ajudará no pagamento de dívidas adquiridas no passado, além de servir de pontapé inicial para um novo ciclo ligado a expansão do setor que há algum tempo permanece estagnado.
Além das empresas que já realizaram a oferta e obtiveram sucesso, até o ano que vem, outras empresas seguirão o mesmo caminho objetivando abastecer seus caixas e investir em empreendimentos comerciais e residenciais.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), Luiz França, a mudança da ótica do investidor em relação ao Brasil é que possibilitou o aporte. “O que tem sustentado as captações é a mudança do ponto de vista do investidores institucionais, inclusive de estrangeiros, sobre o quadro econômico do Brasil. A nova avaliação é de que o ambiente está melhor no País e que o mercado imobiliário vai tirar proveito”.
Alguns diretores das empresas que alcançaram sucesso em suas captações apontam alguns fatores determinantes e explosivos que indicam a volta da demanda por imóveis e o reaquecimento do mercado.
Entre as empresas, o cenário é de bastante otimismo. Muitas delas anunciaram a seus investidores que os recursos advindos destas captações servirão para investimentos na compra de terrenos, capital de giro e investimento em empreendimento de terceiros.
Há também aquelas incorporadoras que ainda não absorveram totalmente o impacto das dívidas e afirmaram utilizar os recursos para pagamento de dívidas, reforço de capital de giro e, somente depois, iniciar uma recomposição de estoques de lotes.