Imagem de uma escavadeira trabalhando no solo

Cenário e perspectivas para a construção civil em 2019

No Brasil, o ano de 2018 foi marcado pela agitação política, uma grave crise institucional que gerou incertezas sobre o futuro e o grande frenesi motivado pela aproximação das eleições presidências em meio a toda essa turbulência.

No cenário econômico essa excitação não foi a mesma. Houve recuperação da economia, mas muito aquém do que todos esperavam do mercado.

Na construção civil, o mercado também se comportou de maneira semelhante. Impactado pelo recuo de 2017, o setor pouco avançou em 2018 obtendo melhora na intenção de investimentos, mas com baixos índices, demonstrando que o mercado quer mesmo estabilidade para tais aplicações.

Para Dal Molin, do Sinduscon, existe convergência que haverá uma melhora no primeiro semestre, mas a segunda metade do ano terá maiores avanços. “Esperamos que 2019 seja bom e que o segundo semestre seja melhor que o primeiro. Já há empresas com projetos prontos para ampliar, apenas aguardando o cenário de estabilidade”, garante. “Risco há”, diz Dal Molin. “Mas risco sempre existe. O que fazemos é reduzi-lo”, comentouem entrevista ao Jornal do Comércio em 28/09/2018.

As expectativas também giram em torno do atual governo. Mudanças, por si só, já causam estranheza e a troca de governo não fica fora disso. Para alguns especialistas, o atual governo pode e deve ajudar fornecendo condições mínimas e necessárias para tratar bem o capital privado. Entre essas condicionantes estariam a segurança jurídica, crédito e planejamento confiável, tidos como fundamentais para desencadear investimentos e alavancar a retomada à passos mais largos.

Estudos recentes realizados pela ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) revelam que o otimismo do mercado está em alta. Das empresas que participaram da amostra, 45% disseram estarem confiantes nas ações do atual governo federal para o setor da construção civil no próximos 12 meses.

Segundo o presidente da ABRAMAT, Rodrigo Navarro, as expectativas em torno do novo governo alimentam o otimismo. “Historicamente, o Termômetro da ABRAMAT só apontou este nível de otimismo em abril de 2012, com indicativos de 66%, e em setembro do mesmo ano, com 58%. Estas ocasiões foram impulsionadas por medidas como o lançamento de obras do PAC e do Minha Casa Minha Vida. Agora, a expectativa de estabilidade econômica e de medidas para a retomada do crescimento alavancam a confiança e o otimismo na indústria de materiais de construção”, afirma.

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